quarta-feira, 18 de abril de 2012

Direito dos celíacos carentes do Rio de Janeiro

Uma ótima notícia!
Como sempre, Raquel Benati, pronta a esclarecer todas as questões, anjo da guarda dos celíacos, me mostrou a lei que garante cesta básica aos celíacos cariocas.
Essa lei é de extrema importância e um direito do cidadão!
Se você precisa ou conhece alguém que precisa, não deixe de informar!!
Se você recebe ou conhece alguém que receba as cestas, deixe-nos um comentário para que saibamos como funciona e para que mais pessoas possam se beneficiar.
Está no site da Acelbra-RJ, porém, a transcrevo aqui embaixo.

LEI Nº 4.840, DE 05 DE SETEMBRO DE 2006.


INSTITUI, NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, O PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA AOS PORTADORES DE DOENÇA CELÍACA.

A Governadora do Estado do Rio de Janeiro,
Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Fica instituído, no Estado do Rio de Janeiro, o Programa de Assistência aos Portadores de Doença Celíaca.
Art. 2º - Para garantir a efetiva implantação do programa de que trata esta Lei, fica assegurado o acesso gratuito à realização de exames específicos para diagnóstico da Doença Celíaca, mediante prescrição médica.
Art. 3º - Fica assegurado o repasse mensal, através de programa assistencial próprio, de cesta básica composta de produtos isentos de glúten, aos portadores de Doença Celíaca, desde que comprovada a impossibilidade financeira de suprir as necessidades básicas de alimentação.

Art. 4º - A cesta básica a que se refere o artigo anterior será composta de:

          I - macarrão de arroz ou milho; II - farinha de arroz; III - fécula de batata; IV - biscoitos sem glúten; V - outros produtos especiais, a critério do órgão responsável
Art. 5º - O Poder Executivo, através de órgão próprio, promoverá programas educativos com a finalidade de esclarecer as características, os sintomas e o tratamento da Doença Celíaca, mediante:

I - a elaboração e distribuição de cartazes, cartilhas e folhetos explicativos que deverão ser disponibilizados nos postos de saúde, nas escolas e nas instituições públicas de todo o Estado;
II - a elaboração e distribuição de folhetos explicativos específicos para hotéis, bares, restaurantes e similares, em todo o Estado;
III - a organização de seminários e treinamentos com vistas à capacitação dos profissionais da área da saúde pública, em todo o Estado;
IV - a criação de um cadastro quantitativo para apurar a incidência da doença em todos os municípios do Estado.

Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


Rio de Janeiro, 05 de setembro de 2006.

ROSINHA GAROTINHO
Governadora
OBS:
Os vetos aos artigos 3º e 4º foram derrubados na ALERJ em dezembro de 2006.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O bolso do celíaco...

...está mais vazio.
Semana passada eu fiquei boquiaberta com os valores dos produtos sem glúten no Mundo Verde, porém, isso não é privilégio desta loja... Infelizmente. 
Os produtos sem glúten são sempre bem mais caros que os convencionais em qualquer lugar.
Fui comprar farinha de arroz e fiquei dando uma olhada nos outros produtos pra ver se tinha novidade. A nova era que o preço de tudo estava lá em cima. A farinha de arroz aumentou, R$ 10,00 - o quilo. As torradas Okoshi de arroz, R$ 9,70 - um pouco mais de 100 gramas. R$ 3,00 um pacotinho com dois cookies, não me lembro a marca. Fora os pães que sempre passam de R$ 13,00. Queria conhecer a tal Chia, semente da vez, mas desisti, um pacotinho pequeno, custava R$ 15,00... A mesma coisa era o amaranto e a linhaça.
Estamos ganhando pouco ou tudo está caro demais? Ou as duas coisas?
Celíaco carente não pode comprar esses produtos, ou seja, tem que se virar pra fazer a dieta. Li uma vez sobre uma lei que foi vetada para a distribuição de cesta básica sem glúten para celíacos carentes, mas não consegui achá-la pra colocar aqui. Conversando com nossa amiga Flávia Anastácio, soube que em Foz do Iguaçu tem um Centro de Nutrição - CENNI, uma entidade sem fins lucrativos, que atende crianças desnutridas (celíacas ou não) de 0 a 5 anos. Já em Curitiba, existe o Armazém da Família e Mercadão Popular, que oferece à população necessitada produtos com até 30% de desconto. Lá, segundo a Flávia, a farinha de arroz sai a R$ 0,99. Nem acreditei!
Seria importante que fossem doadas - pelas prefeituras - cestas básicas sem glúten ou que pelo menos houvessem lugares onde comprar esses produtos mais baratos. Não é qualquer um que pode comprar um pacotinho de biscoito a R$ 5,00, como os cookies da Hué (gostosos, mas caros) que eu achei aqui na minha cidade, pra minha surpresa.
Uma saída é consumir legumes no lanche. Aqui no Rio não se tem o costume de comer aipim, batata doce ou inhame no café da manhã, mas é uma opção saudável e mais em conta. Coloca-se uns minutinhos no microondas e come com manteiga, requeijão, azeite... Já fiz isso com batata inglesa, e gostei. É até mais legal, porque as farinhas muito refinadas não oferecem fibras, e comer os alimentos in natura é sempre bom. O problema é o nosso hábito do pãozinho de todo dia.

Bom, e assim, caminhamos.
Um dia melhora!